A Fundação Guamá, responsável pelo Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, está liderando a elaboração do modelo de governança interinstitucional do Parque Científico e Tecnológico do Alto Solimões (PaCTAS), em parceria com o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR). O PaCTAS será implantado em Tabatinga, no Amazonas, na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, e visa fortalecer o desenvolvimento socioambiental e a integração entre instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), empresas e comunidades locais.
A criação do PaCTAS é fundamental para a região, que enfrenta desafios como as mudanças climáticas e a preservação da biodiversidade. A governança interinstitucional é essencial para garantir que os benefícios do parque sejam distribuídos de forma equitativa entre as comunidades da tríplice fronteira, promovendo um desenvolvimento alinhado com os desafios globais.
A Fundação Guamá, o MIDR e a coordenação do PaCTAS realizaram uma série de encontros em Manaus, Tabatinga e Letícia (Colômbia) para delinear potenciais e desafios no âmbito do PaCTAS. As reuniões contaram com a participação do Centro de Inovação Mapati e da Incubadora INPaCTAS, integrantes do ecossistema do PaCTAS. A necessidade de qualificação dos trabalhadores locais foi apontada como um dos grandes problemas enfrentados na região.
O PaCTAS e o Centro de Inovação Mapati têm potencial para capacitar as empresas locais em demandas específicas, ajudando-as a superar barreiras operacionais. Por meio de treinamentos, esses centros podem aumentar a competitividade e a sustentabilidade dos negócios, fundamentais para o desenvolvimento econômico da tríplice fronteira.
A parceria com as forças armadas também será estratégica para as áreas de ciência, tecnologia e inovação voltadas à segurança e à defesa territorial. Estuda-se a possibilidade de instalar o PaCTAS em terreno da Capitania dos Portos em Tabatinga, garantindo segurança e estabilidade aos residentes do parque.
As reuniões em Manaus envolveram instituições como a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), o Instituto Federal do Amazonas (Ifam), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
O diretor presidente da Fundação Guamá, Rodrigo Quites, avalia que a rodada de visitas proporcionou diálogos importantes para o desenho da governança do novo parque. “O PaCTAS vai estimular a criação de novas tecnologias e de empresas inovadoras, além de fomentar a pesquisa voltada para as necessidades da tríplice fronteira, tendo o PCT como um modelo, que é uma referência na Amazônia.”