Segundo o doutor Gustavo Khattar de Godoy, a infectologia é a especialidade médica responsável pelo diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças infecciosas — aquelas causadas por agentes como bactérias, vírus, fungos e parasitas. Em um mundo cada vez mais globalizado, onde surtos, epidemias e pandemias se espalham rapidamente, o papel do infectologista tornou-se ainda mais relevante.
Essa área não apenas cuida de infecções comuns, como gripes e infecções urinárias, mas também de doenças complexas como HIV, hepatites virais, tuberculose e doenças tropicais negligenciadas. Saiba mais, a seguir!
Em quais situações devemos procurar um infectologista?
Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre quando consultar um infectologista. Essa especialidade é indicada principalmente em casos de infecções recorrentes, febres de origem desconhecida, doenças transmitidas por vetores (como dengue, zika e chikungunya), infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), complicações infecciosas pós-cirúrgicas ou em pacientes imunossuprimidos, como os que fazem quimioterapia ou vivem com HIV.

De acordo com o médico Gustavo Khattar de Godoy, o infectologista também é o profissional mais indicado para orientar a prevenção de doenças em viagens internacionais, especialmente para destinos com risco de febre-amarela, malária ou outras enfermidades endêmicas. A consulta precoce pode fazer toda a diferença no diagnóstico correto e na escolha do tratamento mais eficaz.
Qual é o papel do infectologista durante surtos e pandemias?
Durante surtos e pandemias, como a da COVID-19, o infectologista assume um papel de liderança tanto na linha de frente do atendimento quanto na formulação de políticas públicas de contenção da doença. Esses profissionais são consultores técnicos de governos, hospitais e empresas, orientando sobre protocolos de isolamento, uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), testagem em massa e estratégias de vacinação.
Conforme elucida o doutor Gustavo Khattar de Godoy, sua expertise também é essencial na interpretação de dados epidemiológicos e na comunicação com a população, combatendo a desinformação e promovendo atitudes responsáveis. Em tempos de crise sanitária, o conhecimento do infectologista se torna um recurso inestimável para proteger vidas e estabilizar sistemas de saúde.
Como a infectologia contribui para o uso racional de antibióticos?
Um dos maiores desafios enfrentados atualmente pela infectologia é o uso irracional de antibióticos, que tem gerado o avanço preocupante da resistência bacteriana. Muitos pacientes fazem uso inadequado desses medicamentos, sem prescrição ou por períodos incorretos, o que favorece a seleção de bactérias resistentes. O infectologista tem um papel central na orientação sobre o uso correto desses fármacos, avaliando quando são realmente necessários e qual o melhor esquema terapêutico.
Nos últimos anos, a infectologia tem se beneficiado de inúmeros avanços científicos e tecnológicos, que estão transformando como as doenças infecciosas são diagnosticadas e tratadas. Testes moleculares como o RT-PCR, popularizado durante a pandemia de COVID-19, permitem diagnósticos rápidos e precisos. O Dr. Gustavo Khattar de Godoy pontua que novas vacinas vêm sendo desenvolvidas com tecnologia de RNA mensageiro (como as da COVID-19), abrindo caminho para imunizações mais eficazes contra diversos agentes infecciosos.
Qual é a relação entre infectologia e prevenção em saúde?
Por fim, o médico Gustavo Khattar de Godoy enfatiza que a prevenção é um dos pilares da infectologia. Ao contrário de outras especialidades mais voltadas à intervenção, o infectologista atua fortemente na educação em saúde e na promoção de comportamentos preventivos, como vacinação, uso de preservativos, higiene adequada e cuidados em viagens. Também orienta grupos de risco, como idosos, gestantes e pacientes imunossuprimidos, sobre medidas específicas para evitar infecções.
Autor: Sokolov Harris