Entre as mais marcantes expressões da cultura rural brasileira, o cavalo crioulo ocupa um espaço de destaque, como comenta o empresário e fundador Aldo Vendramin. Animal de resistência, beleza e inteligência, ele é símbolo do trabalho, da tradição e da evolução genética do campo. Compreender a história e o manejo dessa raça é entender o elo entre o passado e o futuro do agronegócio, um equilíbrio entre herança e inovação que define o verdadeiro espírito do homem do campo.
Neste artigo apresentamos as perguntas mais feitas sobre o cavalo crioulo e respostas que podem te ajudar a decidir investir e ter pra si uma raça tão maravilhosa!
Qual a origem do cavalo crioulo?
O cavalo crioulo tem suas origens nos animais trazidos pelos colonizadores espanhóis e portugueses há mais de quatro séculos. Adaptado ao clima rigoroso do sul da América do Sul, desenvolveu-se como uma das raças mais resistentes do mundo. O senhor Aldo Vendramin explica que o crioulo representa mais do que um animal de trabalho: ele é parte da identidade cultural dos gaúchos, símbolo de força e parceria no cotidiano rural.
Sua presença em provas campeiras, cavalgadas e exposições é também uma celebração da cultura do campo. O manejo tradicional, transmitido de geração em geração, mantém viva uma conexão que ultrapassa o aspecto econômico, é uma herança de valores, dedicação e respeito pela natureza.

Como funciona a evolução genética e a seleção responsável?
Nos últimos anos, o avanço da genética transformou a criação de cavalos crioulos em uma verdadeira ciência, com o uso de biotecnologias, como inseminação artificial, transferência de embriões e mapeamento genético, os criadores conseguem aprimorar características específicas, como temperamento, resistência e conformação. Conforme informa Aldo Vendramin, essa evolução é fruto de um trabalho técnico que alia conhecimento tradicional a métodos científicos modernos.
As associações de criadores, em parceria com universidades e centros de pesquisa, vêm investindo fortemente em programas de melhoramento, tendo uma associação específica apenas para esta raça de cavalos, que busca informar, estudar e destacar o animal não apenas como um grande marco para ciência, mas buscando seus direitos e bem estar. Isso garante o padrão de qualidade da raça e eleva o nível das competições e do mercado, então o resultado é um cavalo cada vez mais equilibrado: forte para o trabalho, ágil nas pistas e dócil para o convívio.
Por que o cavalo se tornou um ativo econômico?
O mercado do cavalo crioulo movimenta milhões de reais por ano e atrai investidores de todo o país. Os leilões da raça, como os realizados durante a Expointer, se tornaram referência em negócios, reunindo criadores, compradores e apaixonados pelo mundo equestre, o senhor Aldo Vendramin destaca que o cavalo crioulo é hoje também um ativo econômico, símbolo de status e investimento seguro.
A valorização genética, o reconhecimento internacional e o aumento do interesse em esportes equestres impulsionam o setor. Além disso, a criação responsável e o manejo ético geram oportunidades de trabalho, fomentando a economia rural e fortalecendo o turismo ligado à cultura campeira. Este cavalo é um grande companheiro do seu cavaleiro e daqueles que o cuidam, e se destaca em provas esportivas, manejo dentro de fazendas e cuidados.
Como cuidar dessa raça?
Cuidar do cavalo crioulo é uma arte que exige conhecimento, sensibilidade e técnica. A alimentação balanceada, o manejo sanitário e o treinamento adequado são essenciais para garantir saúde e desempenho. Segundo Aldo Vendramin, o bem-estar animal deve ser prioridade em qualquer criação, dado que o cavalo responde à confiança e à harmonia do ambiente, e essa relação direta impacta sua performance e longevidade.
Os criadores modernos têm adotado práticas sustentáveis em suas propriedades, como o uso de energia solar, reciclagem de resíduos e manejo de pastagens para evitar erosão. Essa postura reflete uma nova consciência ambiental, em que a tradição se renova sem perder sua essência. Além de contratarem profissionais técnicos e especialistas para acompanharem o dia a dia do cavalo, assim como cada necessidade dele.
Por que participar de provas e eventos que envolvem este cavalo?
As provas de laço, as rédeas, a paleteada e o freio de ouro são eventos que combinam técnica, emoção e cultura. Elas não apenas avaliam a habilidade do cavalo e do cavaleiro, mas também celebram o modo de vida no campo. Essas competições são vitrines de excelência e incentivo à preservação da raça crioula.
Cada evento movimenta comunidades inteiras, impulsiona o comércio local e mantém vivas tradições que fortalecem o sentimento de pertencimento. O cavalo, nesse contexto, é mais do que um competidor, é o protagonista de uma história que une esporte, economia e cultura, como expõe o senhor Aldo Vendramin.
O cavalo continuará em alta?
A genética de precisão e as ferramentas digitais estão redefinindo o futuro da criação. Hoje, softwares de rastreabilidade, controle de linhagem e monitoramento de desempenho auxiliam na gestão das fazendas e no planejamento reprodutivo. Como menciona o fundador Aldo Vendramin, essa inovação garante não apenas a preservação da raça, mas também sua expansão sustentável.
O desafio para os próximos anos é manter o equilíbrio entre tecnologia e tradição. O cavalo crioulo deve continuar sendo símbolo de autenticidade, mas também exemplo de modernização e eficiência.
Investir no cavalo crioulo é manter uma tradição e um legado?
O cavalo crioulo é mais do que um patrimônio genético, é um elo vivo entre o passado e o futuro do campo, Aldo Vendramin considera que preservar a raça é preservar a história e o trabalho de milhares de famílias que encontram no campo não apenas um meio de vida, mas um modo de ser.
A excelência genética, o manejo responsável e o compromisso com a sustentabilidade garantem que o crioulo continue sendo um dos maiores orgulhos do agronegócio brasileiro.
Autor: Sokolov Harris
