Paulo Twiaschor frisa que a modernização de edifícios antigos por meio do retrofit sustentável tornou-se uma das alternativas mais relevantes para equilibrar preservação arquitetônica e eficiência energética. Em centros urbanos consolidados, grande parte das edificações foi projetada em períodos anteriores às atuais normas ambientais, resultando em alto consumo de energia, pouca eficiência térmica e dificuldades de adaptação às novas demandas. Nesse contexto, o retrofit sustentável representa a oportunidade de revitalizar estruturas existentes sem a necessidade de demolições, reduzindo custos e impactos ambientais.
O conceito de retrofit vai além da simples reforma, pois busca integrar soluções inovadoras de engenharia que melhorem o desempenho dos prédios. Entre as práticas mais comuns estão a substituição de sistemas de climatização ultrapassados por equipamentos de alta eficiência, a instalação de iluminação LED, a utilização de sensores inteligentes e a adoção de materiais reciclados ou de baixo impacto ambiental. Essas medidas transformam o ciclo de vida do edifício, tornando-o mais sustentável e alinhado às exigências contemporâneas de sustentabilidade.
Retrofit e eficiência energética nas cidades
Conforme explica Paulo Twiaschor, a eficiência energética é um dos principais objetivos do retrofit sustentável. A atualização de sistemas de aquecimento, ventilação e ar-condicionado pode reduzir drasticamente o consumo de energia elétrica, impactando tanto os custos de operação quanto a emissão de poluentes. Além disso, a aplicação de vidros de controle solar e fachadas ventiladas melhora o desempenho térmico das construções, reduzindo a necessidade de climatização artificial.

Outra prática relevante é a automação predial, que permite controlar iluminação, ventilação e temperatura de forma integrada. Essa abordagem torna os ambientes internos mais confortáveis, ao mesmo tempo em que diminui desperdícios. A engenharia civil, ao aplicar tecnologias digitais e inteligentes, contribui para que prédios antigos se aproximem do desempenho dos edifícios de última geração.
Sustentabilidade e valorização patrimonial
A análise de Paulo Twiaschor evidencia que o retrofit sustentável também agrega valor imobiliário e social. A modernização de prédios históricos preserva a memória arquitetônica, mas garante sua adaptação às normas de acessibilidade e segurança vigentes. Esse equilíbrio entre tradição e inovação atrai investidores, fortalece o mercado imobiliário e amplia a competitividade das cidades em escala global.
Adicionalmente, a sustentabilidade agrega prestígio aos empreendimentos. Certificações verdes, como LEED ou AQUA, se tornam mais acessíveis após intervenções de retrofit, e funcionam como selo de qualidade para empresas que buscam alinhar imagem corporativa e responsabilidade socioambiental. Dessa forma, a engenharia não apenas renova edifícios, mas projeta novas oportunidades de negócios e visibilidade.
Desafios técnicos e soluções práticas
Implementar estratégias de retrofit sustentável em prédios antigos exige superar desafios técnicos importantes. Estruturas mais antigas podem não estar preparadas para receber equipamentos modernos ou novos materiais. Nesse caso, os engenheiros precisam realizar estudos detalhados de viabilidade, utilizando tecnologias como o BIM (Building Information Modeling) para simular cenários e reduzir riscos de execução.
Outro desafio destacado por Paulo Twiaschor é conciliar o tempo de obra com a ocupação dos edifícios, já que muitos prédios precisam continuar funcionando durante o processo de modernização. Soluções modulares, pré-fabricadas e de instalação rápida tornam-se essenciais para reduzir prazos e minimizar transtornos. Assim, a engenharia civil aplica inovação sem comprometer a rotina de usuários e empresas instaladas.
O retrofit como caminho para cidades resilientes
Por fim, ressalta-se que a visão de Paulo Twiaschor reforça o retrofit sustentável como estratégia indispensável para a resiliência urbana. Reaproveitar e modernizar edifícios antigos significa reduzir a necessidade de novas construções, economizar recursos naturais e cortar emissões ligadas à produção de materiais. Essa prática se insere no contexto da economia circular, onde o uso inteligente da infraestrutura já existente se torna prioridade.
Mais do que uma tendência, o retrofit sustentável representa um compromisso das cidades com a inovação e com o futuro. Ao revitalizar prédios antigos, a engenharia civil entrega benefícios ambientais, sociais e econômicos, consolidando um modelo de urbanismo que preserva a história e prepara os espaços urbanos para as próximas gerações.
Autor: Sokolov Harris